65% da população do Ceará se declara parda, mostra IBGE
Em 2022, pela primeira vez desde 1991, cerca de 92,1 milhões de pessoas (45,3% da população do País) se declararam pardas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 22, os primeiros resultados do Censo Demográfico 2022 sobre Identificação étnico-racial.
O estudo disponibiliza dados com recortes por Grandes Regiões, Estados, Municípios, além da Amazônia Legal como nível geográfico.
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Pela primeira vez desde 1991, a maior parte da população do Brasil se declara parda. Confira os dados.
Os dados do Censo 2022 apontam que:
- 45,3% da população do Brasil é parda (92.083.286 pessoas);
- 43,5% é branca (88.252.121);
- 10,2% é preta (20.656.458);
- 0,8% é indígena (1.694.836);
- 0,4% é amarela (850.130).
No Nordeste, 59,6% das pessoas se declararam pardas (32.559.846 pessoas), 26,7% brancas (14.571.557), 13,0% pretas (7.127.018), 0,9% indígenas (529.128) e 0,1% amarelas (68.749).
A população residente no Ceará é formada por 5.690.973 pessoas pardas (64,7%), 2.456.214 brancas (27,9%), 595.694 pretas (6,8%), 56.372 indígenas (0,6%) e 11.256 amarelas (0,1%).
Em comparação a 2010, a população total do Ceará apresentou uma variação percentual de 4,1%.
Quanto à cor ou raça, entre 2010 e 2022, houve diminuição da população branca em -9,2%, ou seja, 248.518 pessoas a menos.
Na população preta, houve um aumento de 51,7%, com acréscimo de 202.961 pessoas.
Redução, também, na população amarela em -89,3%, com diminuição de 94.051 pessoas.
A população parda aumentou em 8,8%, com acréscimo de 460.759 pessoas.
Por último, a população indígena teve um aumento de 172,4%, com acréscimo de 37.036 pessoas.
O total de pessoas indígenas compreende as pessoas declaradas tanto por meio do quesito de cor ou raça como aquelas declaradas por meio do quesito “se considera indígena”, aplicado em localidades indígenas.
Assim, o Ceará contou 39.982 indígenas na pergunta de cor ou raça e 16.390 indígenas na pergunta “se considera indígena”.