Economia em Síntese

1. Produto Interno Bruto (R$ bilhões): regiões, estados e Ceará

O Brasil é um país continental e tem uma grande diversidade regional. A análise dos Produtos Internos Brutos (PIBs) estaduais permite identificar as disparidades econômicas entre os estados, revelando regiões mais desenvolvidas e regiões que enfrentam maiores desafios socioeconômicos. Esta análise contribui para a compreensão das desigualdades regionais e auxilia na formulação de políticas públicas mais direcionadas e eficazes.


Ao longo dos anos, é possível observar um crescimento geral do PIB para a maioria dos estados. No entanto, algumas oscilações e variações positivas ou negativas podem ser identificadas em determinados períodos. É importante notar que os valores estão deflacionados, ou seja, ajustados para considerar a inflação e permitir comparações mais precisas ao longo do tempo.


São Paulo (SP) se destaca como o estado com o maior PIB em todos os anos analisados. O estado mantém uma posição dominante na economia brasileira, apresentando um crescimento consistente ao longo dos anos. Rio de Janeiro (RJ) é o segundo estado com o maior PIB na maioria dos anos, mas observa-se uma queda em 2020 (-7,26%), possivelmente devido aos impactos da pandemia de Covid-19, Minas Gerais (MG), Paraná (PR) e Rio Grande do Sul (RS) também têm economias significativas, mantendo-se entre os principais estados em termos de PIB.


É possível observar diferenças regionais na distribuição do PIB. Estados das regiões Sudeste e Sul, como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Minas Gerais (MG) e Rio Grande do Sul (RS), geralmente apresentam os maiores PIBs. Entretanto, alguns estados do Norte e Nordeste, como Amazonas (AM), Ceará (CE) e Pernambuco (PE), também demonstraram um crescimento significativo, contribuindo para a diversificação regional da economia brasileira.


Alguns estados experimentaram flutuações no PIB ao longo do período analisado. Essas oscilações podem ser atribuídas a diversos fatores, como variações na produção de setores específicos, mudanças na economia global e eventos internos, como a crise interna de 2014 a 2017. O ano de 2020 foi marcado pela pandemia de Covid-19, que afetou negativamente a economia global. Alguns estados apresentaram quedas no PIB naquele ano, refletindo os impactos da crise sanitária e das medidas de restrição adotadas.


Numa perspectiva macro, nota-se o protagonismo da região Sudeste em todos os anos da análise. Impõe-se ressaltar que o ranqueamento dos maiores PIB das regiões permaneceu o mesmo em todo o período: 1º) Sudeste, 2º) Sul, 3º) Nordeste, 4º) Centro-Oeste e, por fim, em última posição, aparece a região Norte.


O PIB do Ceará apresentou um crescimento contínuo ao longo dos anos, com algumas variações. De 2002 a 2020, o PIB do Estado aumentou de R$ 106,59 bilhões para R$ 166,91 bilhões.


O Ceará mantém uma posição intermediária em relação ao PIB entre os estados brasileiros. Em 2020, o Estado ocupava a 13ª posição em termos de magnitude do PIB. Ao longo do período analisado, o PIB do Ceará apresentou algumas flutuações. Entre 2002 e 2013, houve um crescimento consistente, seguido de um declínio em 2014 e 2015. A partir de 2016, o PIB do Estado voltou a crescer.


Acerca do crescimento recente do Estado, entre 2016 e 2019, o PIB do Ceará registrou um aumento significativo, saindo de R$ 167,00 bilhões para r$ 170,48 bilhões. Entretanto, o ano de 2020 foi marcado pela pandemia de Covid-19, que teve impacto na economia global. O PIB do Ceará apresentou uma leve queda em relação ao ano de 2019, passando de R$ 170,48 bilhões para R$ 166,91 bilhões.


Esses resultados indicam que o estado do Ceará teve um período de crescimento econômico consistente ao longo da década de 2000 e início da década de 2010. No entanto, nos últimos anos, houve uma estagnação e até mesmo uma queda no PIB. É importante ressaltar que esses dados refletem a evolução do PIB deflacionado, ou seja, já consideram os efeitos da inflação.


Vale destacar que a análise do PIB isoladamente não permite identificar as razões específicas para os resultados observados. Fatores como investimentos, políticas públicas, setores econômicos predominantes e eventos regionais podem influenciar no desempenho econômico de um estado. Portanto, é importante considerar esses aspectos adicionais para uma análise mais completa.



2. Participação no Produto Interno Bruto Brasileiro dos estados brasileiros

Algumas das principais análises que podem ser feitas a partir da participação das grandes regiões e das unidades da federação no Produto Interno Bruto do Brasil entre 2002 e 2020 são:

A região Sudeste é a que tem maior participação no PIB nacional em todos os anos, variando entre 53,43% em 2002 e 51,60% em 2020.


A região Nordeste apresentou um aumento em sua participação no PIB do Brasil, passando de 13,09% em 2002 para 14,18% em 2020.


As regiões Norte, Sul e Centro-Oeste apresentaram variações mais modestas em sua participação no PIB do País, oscilando entre 4,70% e 6,28%, 16,70% e 18,25% e 8,25% e 9,61%, respectivamente.


Entre as unidades da federação, São Paulo é o estado que mais contribui para o PIB nacional em todos os anos, com uma participação que varia entre 32,66% e 32,30%.

Outros estados que também têm participações significativas no PIB nacional são Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.


Alguns estados da região Norte, como Roraima, Acre e Tocantins, apresentaram um aumento em sua participação no PIB nacional entre 2002 e 2020, embora essa participação ainda seja relativamente pequena em comparação com outros estados.

Por outro lado, estados como Bahia, Pernambuco e Ceará, na região Nordeste, apresentaram um aumento mais expressivo em sua participação no PIB nacional, o que contribui para o aumento da participação da região como um todo.


A participação do Ceará no PIB brasileiro apresentou uma tendência de crescimento gradual. Em 2002, o Estado contribuiu com 1,93% do PIB total, enquanto em 2020 essa participação foi de 2,19%. Houve oscilações ao longo do período, mas no geral houve um aumento na representatividade econômica do Ceará.


Comparando com os demais estados da região Nordeste, o Ceará se destaca como um dos maiores contribuintes para o PIB da região, ficando atrás apenas da Bahia e de Pernambuco em alguns anos.


3. Rendimento Mensal Domiciliar per capita e população (2022)

Estudar o Rendimento Mensal Domiciliar per capita em vez do Produto Interno Bruto (PIB) per capita pode fornecer uma perspectiva mais direta e relevante sobre a renda disponível para os indivíduos e famílias em um determinado país ou região. Essa variável mede diretamente a renda disponível por pessoa em um lar, o que reflete mais diretamente o nível de bem-estar econômico dos indivíduos. Ele leva em consideração a renda que é efetivamente recebida pelas pessoas e pode ser usada para atender às suas necessidades básicas e melhorar sua qualidade de vida. Além disso, reflete a distribuição de renda, captura a realidade das desigualdades regionais, considera a economia informal e as desigualdades de gênero.


Sobre o rendimento mensal domiciliar per capita e a população de cada unidade da federação do Brasil em 2022, algumas análises que podem ser realizadas são:

A unidade da federação com o maior rendimento mensal domiciliar per capita é o Distrito Federal, com R$ 2.913. Isso representa um valor quase três vezes maior que a média nacional, que é de R$ 1.157.


A unidade da federação com o menor rendimento mensal domiciliar per capita é o Maranhão, com R$ 814. Isso representa um valor 30% menor que a média nacional.

A população total do Brasil é de 215.471.088 pessoas, sendo São Paulo o estado mais populoso, com 46.024.937 habitantes, e Roraima o menos populoso, com 634.805 habitantes.


Os estados das regiões Sul e Sudeste apresentam rendimentos mais elevados que os das demais regiões do País. Enquanto o Distrito Federal e São Paulo têm rendimentos acima de R$ 2 mil, estados como Maranhão e Piauí têm rendimentos abaixo de R$ 1.200. Essa diferença reflete as disparidades socioeconômicas existentes no Brasil. Vale ressaltar que Maranhão e Piauí enfrentam desafios socioeconômicos e têm índices de desenvolvimento humano (IDH) geralmente mais baixos.


Além disso, a tabela permite a comparação entre os rendimentos e as populações dos estados, o que pode ser útil em análises de distribuição de renda e desigualdade regional no Brasil.


4. Participação das Atividades Econômicas no Valor Adicionado Bruto (VAB) do Brasil de 2016 a 2020

Estudar e analisar a participação das atividades econômicas no Valor Adicionado Bruto (VAB) do Brasil é fundamental para entender a estrutura econômica, identificar oportunidades de crescimento, informar políticas públicas, monitorar o desempenho setorial e avaliar a diversificação econômica. Essas análises fornecem insights valiosos para diversos atores, desde empresários e investidores até formuladores de políticas e economistas.


O setor de serviços é o maior contribuinte para o Valor Adicionado Bruto, representando a maior participação em todos os anos. Em 2020, sua participação foi de 70,9%, sendo o setor mais relevante para a economia brasileira. Entretanto, observa-se que, de 2019 para 2020, a participação do referido setor recuou 2,4 pontos percentuais, possivelmente devido às medidas de restrição social impostas pela pandemia de Covid-19.


O setor industrial manteve uma participação relativamente estável, variando entre 21,2% e 22,5%. As indústrias de transformação são o subsetor mais significativo dentro da indústria, com uma participação consistente em torno de 12% a 12,5%.


Por último, dentre os grandes setores, a participação do setor agropecuário no Valor Adicionado Bruto apresentou variações, mas registrou um aumento notável em 2020, representando 6,6% do total. Esse crescimento pode ser atribuído ao desempenho positivo da agricultura e do apoio à agricultura.



5. Participação das Atividades Econômicas no Valor Adicionado Bruto (VAB) do Ceará de 2016 a 2020

Observar as mudanças na participação das atividades econômicas ao longo do tempo, no Ceará, é de fundamental importância para identificar setores que estão crescendo em importância e ganhando participação no Valor Adicionado Bruto (VAB). Isso pode indicar oportunidades de investimento, criação de empregos e desenvolvimento de competências específicas.


Agropecuária


  • A participação da Agropecuária no VAB do Ceará apresentou um aumento gradual, passando de 4,7% em 2016 para 6,5% em 2020.
  • A Agricultura, incluindo apoio à agricultura e à pós-colheita, teve um crescimento consistente, representando a maior parcela dentro da Agropecuária.
  • A Pecuária também teve um aumento na sua participação, indicando o crescimento do setor no Estado.

Indústria


  • A participação da Indústria no VAB do Ceará apresentou flutuações ao longo do período analisado, com uma tendência de queda nos últimos anos, chegando a 17,2% em 2020.
  • As Indústrias de Transformação são responsáveis pela maior parte da contribuição do setor industrial no Estado.
  • A Construção teve uma participação significativa no início do período, mas teve uma queda nos últimos anos.

Serviços


  • Os Serviços representam a maior parcela do VAB do Ceará, mantendo-se acima de 70%.
  • O Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas é o subsetor com a maior contribuição dentro do setor de Serviços.
  • As Atividades Imobiliárias tiveram um aumento na sua participação, indicando um subsetor em crescimento no Estado.
  • O subsetor de Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social também teve um aumento gradual na sua participação, o que indica que uma parcela maior da riqueza do Estado é produzida pela iniciativa pública.
  • O subsetor de Alojamento e alimentação apresentou relativa manutenção na sua participação.
  • As Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados mantiveram uma participação relativamente estável.
  • Os Serviços domésticos apresentaram uma redução na sua participação, indicando uma possível mudança no mercado de trabalho.

6. Rendimento Médio Mensal Real da População Residente com Rendimento de 2017 a 2021

Estudar tanto o Rendimento Médio da População Residente quanto o Produto Interno Bruto (PIB) per capita pode fornecer insights valiosos sobre a economia de uma região ou país. Ambas as métricas são importantes e podem complementar a compreensão do bem-estar econômico e social de uma população. No entanto, existem algumas razões pelas quais o estudo do Rendimento Médio da População Residente pode ser considerado preferível em determinados contextos.


Foco na renda das pessoas: o Rendimento Médio da População Residente concentra-se diretamente na renda média que as pessoas recebem em um determinado período. Isso oferece uma visão mais direta do poder de compra e do nível de vida médio das pessoas em uma determinada área. O estudo dessa métrica pode ser especialmente relevante para entender as condições de vida das famílias e os desafios enfrentados pelas pessoas no dia a dia.


Retrato mais detalhado da desigualdade: o Rendimento Médio da População Residente permite uma análise mais refinada da desigualdade econômica. Ao observar a distribuição de renda em uma determinada área, é possível identificar disparidades sociais, grupos vulneráveis ​​e desigualdades regionais mais específicas. O estudo do PIB per capita, por outro lado, pode mascarar essas disparidades, pois considera apenas a média da produção econômica sem levar em conta como essa renda é distribuída.


Contextualização socioeconômica: o estudo do Rendimento Médio da População Residente fornece informações mais específicas sobre o contexto socioeconômico de uma área geográfica, levando em consideração a realidade das pessoas que vivem e trabalham nesse local. Isso pode ser relevante para a formulação de políticas públicas direcionadas e intervenções socioeconômicas específicas.


No entanto, é importante destacar que o PIB per capita ainda é uma medida amplamente utilizada para comparar a riqueza e o desenvolvimento econômico entre diferentes países e regiões. Ele oferece uma visão geral da produção econômica em um determinado local e pode ser especialmente útil para fins de comparação internacional.

Sobre o Rendimento Médio Mensal Real da População Residente, entre os anos de 2017 e 2021, as principais análises são:


O rendimento médio mensal real da população residente com rendimento no Brasil aumentou. Houve um crescimento constante de 2017 a 2020, com uma pequena queda em 2021.


As Grandes Regiões do Brasil apresentam diferenças significativas nos rendimentos médios mensais reais.


  • Sudeste: tem os rendimentos mais altos, com destaque para o estado de São Paulo.

    Centro-Oeste: também tem rendimentos relativamente altos, liderados pelo Distrito Federal.

  • Sul: apresenta rendimentos médios mensais reais próximos aos do Sudeste, com destaque para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
  • Norte e Nordeste: apresentam rendimentos médios mensais reais mais baixos em comparação com as outras regiões, com alguns estados como Rondônia e Maranhão com rendimentos particularmente baixos. Há variações significativas nos rendimentos médios mensais reais entre os estados individuais.
  • Distrito Federal: tem o rendimento médio mais alto entre todas as unidades da federação, com valores acima de R$ 4 mil.
  • Rio de Janeiro e São Paulo: ambos têm rendimentos médios mensais reais acima da média nacional.
  • Maranhão, Piauí, Alagoas, Bahia, Pará, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Sergipe: têm rendimentos médios mensais reais mais baixos em comparação com outros estados brasileiros, com valores abaixo de R$ 1.600 em 2021.

Para o Ceará, algumas observações impõem-se ressaltar, tais como:


  • O rendimento médio mensal real da população residente com rendimento no Ceará teve um aumento constante, exceto em 2021, quando houve uma pequena queda.

    Em comparação com o Nordeste, o Ceará apresentou rendimentos médios mensais reais mais altos em praticamente todos os anos analisados. No entanto, em 2021, o Ceará teve uma queda no rendimento, enquanto o Nordeste teve um leve aumento.

  • Quando comparado com outras unidades da federação, o Ceará teve um rendimento médio mensal real inferior em relação aos estados do Sudeste, Sul e Distrito Federal.
  • Em todos os anos analisados, a variável em questão permaneceu abaixo da média nacional. Nesse período, a renda real da população cearense nunca superou 75% da média nacional, o que ressalta a notória desigualdade de renda entre o Estado e o restante do País.
  • Em 2021, o Ceará obteve a 3ª maior renda média real entre os estados da região Nordeste, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (R$ 1.884) e Sergipe (R$ 1.596). Em 2017, o estado figurava na 6ª posição no mesmo ranqueamento.

Tabela X6:


7. Índice de Gini de rendimento médio mensal real a preços médios do ano de 2017 a 2021

O Índice de Gini é uma medida estatística que tem como objetivo quantificar a desigualdade de renda em uma determinada área geográfica, como um país, uma região ou um estado. Ele varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 0, menor é a desigualdade de renda e, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade.


No caso específico do Índice de Gini de rendimento, ele é utilizado para medir a desigualdade de renda entre as pessoas com 14 anos ou mais de idade. Esse índice é calculado a partir dos rendimentos médios mensais reais dessas pessoas ao longo de um determinado período de tempo, geralmente anos.


O cálculo do Índice de Gini leva em consideração a distribuição dos rendimentos, atribuindo pesos maiores para os rendimentos mais altos e menores para os rendimentos mais baixos. Quanto mais desigual for a distribuição de renda, maior será o valor do Índice de Gini. Dessa forma, o Índice de Gini de rendimento permite avaliar a disparidade entre os níveis de renda das pessoas em uma determinada área, fornecendo informações sobre a desigualdade econômica e social. É uma ferramenta importante para análise e formulação de políticas públicas que visam reduzir a desigualdade e promover a equidade no acesso aos recursos e oportunidades.


A tabela abaixo traz o Índice de Gini do rendimento médio mensal real das pessoas de 14 anos ou mais de idade para o Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Em nível nacional, o indicador apresentou um pequeno aumento de 0,498 em 2017 para 0,499 em 2021, impondo-se ressaltar os acréscimos maiores em 2018 e 2019, quando o indicador atingiu a cifra de 0,506. Essa estabilidade indica que a desigualdade de renda no País permaneceu relativamente constante ao longo desses anos.


A região Norte teve um Índice de Gini ligeiramente inferior à média nacional durante todo o período analisado. No entanto, houve uma tendência de redução da desigualdade de renda nessa região, com o índice diminuindo de 0,494 em 2017 para 0,481 em 2021.


A região Nordeste apresentou um Índice de Gini consistentemente acima da média nacional. Embora tenha havido alguma flutuação, a desigualdade de renda nessa região permaneceu relativamente alta em comparação com outras regiões do País.


A região Sudeste teve um Índice de Gini próximo à média nacional durante todo o período. Não houve uma tendência clara de aumento ou diminuição da desigualdade de renda nessa região ao longo desses anos.


A região Sul apresentou um Índice de Gini consistentemente abaixo da média nacional. Além disso, houve uma leve diminuição da desigualdade de renda nessa região, com o índice diminuindo de 0,442 em 2017 para 0,433 em 2021.


Por fim, a região Centro-Oeste teve um Índice de Gini próximo à média nacional durante todo o período analisado. Embora tenha havido alguma variação, a desigualdade de renda nessa região não apresentou uma tendência clara de aumento ou diminuição significativa.


Entre os estados, a Paraíba apresenta o maior índice de Gini, com 0,551 em 2021. Isso sugere que a desigualdade de renda nesse estado é muito alta. Em seguida, aparecem Distrito Federal (0,551) e Rio Grande do Norte (0,542). O estado com o menor índice de Gini é Santa Catarina, com 0,397 em 2021, o que indica que a desigualdade de renda nesse estado é menor do que em outros estados do País.


A maioria dos estados apresentou poucas variações nos índices de Gini. No entanto, alguns estados apresentaram variações significativas, como o Amapá, que teve uma redução de 0,536 em 2017 para 0,459 em 2021, e novamente o Rio Grande do Norte, que teve um aumento de 0,485 em 2017 para 0,542 em 2021.


Em 2017, o Índice de Gini do Ceará foi de 0,520, indicando uma desigualdade moderada no rendimento médio mensal das pessoas do Estado. Esse valor aumentou gradualmente nos anos seguintes, atingindo 0,526 em 2021. Isso sugere um ligeiro aumento na desigualdade de renda ao longo desse período.


Comparando o Ceará com outros estados do Nordeste, observa-se que este tem índices de desigualdade semelhantes. No entanto, em 2021, o Ceará teve um Índice de Gini ligeiramente menor do que a média da região Nordeste (0,521), o que indica que a desigualdade de renda no Estado foi relativamente menor em comparação com demais estados nordestinos naquele ano.


Quando comparado ao Brasil como um todo, o Ceará apresentou índices de desigualdade de renda mais altos em todos os anos entre 2017 e 2021. É interessante notar que o Estado teve uma queda no Índice de Gini, em 2021, quando atingiu 0,526, na comparação com 2019 e 2020, quando ambos foram iguais a 0,543.


8. Admissões, Desligamentos e Saldos de Emprego por Nível Geográfico em 2022

Estudar os dados do mercado de trabalho das admissões, desligamentos e saldos de emprego por grupamento de atividades econômicas é relevante por diversos motivos. Os dados permitem uma análise detalhada do desempenho do mercado de trabalho em diferentes setores da economia. Isso possibilita identificar quais setores estão gerando mais empregos, quais estão passando por dificuldades e quais apresentam potencial de crescimento.


Tais dados também auxiliam na tomada de decisões de políticas públicas e estratégias empresariais. Com base nessas informações, os governos podem formular políticas de estímulo à criação de empregos, direcionar investimentos para setores promissores e implementar programas de capacitação profissional. Para as empresas, os dados ajudam a identificar tendências de contratação e demissão em seus respectivos setores, possibilitando uma melhor gestão de recursos humanos e adaptação às demandas do mercado.


Em resumo, estudar os dados do mercado de trabalho das admissões, desligamentos e saldos de emprego por grupamento de atividades econômicas é fundamental para compreender a dinâmica do mercado de trabalho, identificar oportunidades e desafios, além de embasar tomadas de decisões estratégicas tanto para governos quanto para empresas e profissionais.


Em relação ao fluxo do mercado de trabalho por grupamento de atividades econômicas no Brasil, há um saldo positivo de emprego de 2.037.982, o que representa um aumento de 5,01% em relação ao período anterior.


O setor de Serviços teve o maior saldo positivo de emprego no País, com 1.176.502 empregos criados. Em segundo lugar, está o setor de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com um saldo positivo de 350.110 empregos. Os mesmos dois setores também foram responsáveis pelos maiores (menores) números de admissões (desligamentos) com 10.511.211 (9.334.709) empregos criados (encerrados), no ano de 2022, para o setor de Serviços, e 5.286.358 (4.936.248) para o de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.


De outro lado, o setor de Construção foi o que apresentou a maior variação relativa de emprego, com 8,42%, seguido pelo setor de Serviços, com 6,14%. Essa variação relativa indica o crescimento percentual do emprego em relação ao período igual anterior, 2021.


9. Admissões, Desligamentos e Saldos de Emprego por Nível Geográfico em 2022

O estudo do fluxo do mercado de trabalho por nível geográfico no Brasil, ou seja, das admissões, desligamentos e saldos de emprego, é relevante para compreender o funcionamento desse mercado, identificar desafios e oportunidades regionais, informar políticas públicas e estratégias empresariais, além de fornecer indicadores econômicos importantes.


Esses dados fornecem informações atualizadas sobre a dinâmica do mercado de trabalho, permitindo acompanhar o fluxo de entrada e saída de trabalhadores em diferentes regiões e unidades da federação. Ao analisar os dados por região e estado, é possível identificar disparidades e diferenças nas condições econômicas e no mercado de trabalho entre as diferentes áreas do País. Isso ajuda a entender a saúde econômica e a demanda por mão de obra em cada localidade.


Sobre as admissões, desligamentos e saldos de emprego por nível geográfico para o ano de 2022, de acordo com o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged):


  • No Brasil como um todo, houve um saldo positivo de 2.037.982 empregos em 2022, representando uma variação relativa de 5,01%, na comparação com 2021.
  • A região com o maior número de admissões foi o Sudeste, totalizando 11.618.813, seguida pelo Nordeste, com 3.053.939, e pelo Sul, com 4.632.250 admissões.
  • O estado com o maior número de admissões foi São Paulo, com 7.174.118, seguido por Minas Gerais, com 2.449.311, e Paraná, com 1.731.097 admissões.
  • Em termos de desligamentos, o estado com o maior número foi São Paulo, com 6.613.132, seguido por Minas Gerais, com 2.271.315, e Paraná, com 1.612.948 desligamentos.
  • O estado com o maior saldo de empregos foi São Paulo, com 560.986, seguido pelo Rio de Janeiro, com 194.869, e Minas Gerais, com 177.996.
  • No Norte, a região com o maior saldo de empregos foi o Amazonas, com 35.269, enquanto Roraima apresentou o maior crescimento relativo, com uma variação de 12,33%.
  • No Nordeste, o estado com o maior saldo de empregos foi a Bahia, com 120.446, com destaque para o Maranhão, que teve a maior variação relativa, com 7,70%.
  • No Sul, o estado com o maior saldo de empregos foi o Paraná, com 118.149, também apresentando a maior variação relativa, 4,20%.
  • No Centro-Oeste, o estado com o maior saldo de empregos foi Goiás, com 87.719, e Mato Grosso apresentou a maior variação relativa, com 7,33%.
  • O Distrito Federal teve um saldo positivo de 46.401 empregos, com uma variação relativa de 5,57%.
  • Vale mencionar que há uma categoria chamada "Não identificado", com 14.023 empregos, mas não há informações sobre a variação relativa.

Entre os estados do Nordeste, o Ceará apresentou o maior saldo de empregos, demonstrando um desempenho relativamente positivo em comparação com outros estados da região.


Em termos de variação relativa, o Ceará teve uma taxa de crescimento ligeiramente acima da média nacional, o que indica uma atividade econômica relativamente estável.


10. Pagamento do Auxílio Brasil em 2022

O Auxílio Brasil (agora chamado Bolsa Família) é um programa social do governo brasileiro que tem como objetivo fornecer assistência financeira para famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Ele foi criado em substituição ao antigo programa Bolsa Família e foi instituído pela Medida Provisória nº 1.061, de 2021.


O programa tem como principal propósito combater a pobreza, reduzir a desigualdade social e promover a inclusão produtiva das famílias brasileiras. Ele busca garantir o acesso a direitos básicos, como alimentação, educação, saúde e assistência social, por meio da transferência direta de renda.


Além do benefício básico, o Auxílio Brasil também tem outros componentes, como benefícios complementares para crianças e adolescentes, jovens, gestantes e famílias que enfrentam situações de extrema pobreza.


A importância do Auxílio Brasil está relacionada à sua capacidade de aliviar a pobreza e reduzir a desigualdade social no País. O programa tem um impacto significativo na vida das famílias beneficiárias, proporcionando a elas uma renda mínima para suprir suas necessidades básicas.


O Auxílio Brasil contribui para a promoção da inclusão social ao estimular a frequência escolar das crianças e jovens e ao oferecer oportunidades de qualificação profissional e geração de renda para os beneficiários.


Dessa forma, o Auxílio Brasil desempenha um papel fundamental no fortalecimento da proteção social no País, atuando como um instrumento de combate à pobreza e de promoção da cidadania, contribuindo para o desenvolvimento humano e a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.


Sobre o Pagamento do Auxílio Brasil em 2022:


  • Os estados da Bahia, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará são os que têm o maior número de beneficiários do Auxílio Brasil em 2022, com mais de 1,5 milhão de pessoas em cada estado. Os mesmos estados também lideram em termos de valores disponibilizados para o programa. Esses estados receberam acima de R$ 4,4 bilhões para o pagamento do programa.
  • Os estados da região Nordeste, como Bahia, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Paraíba, apresentam um número significativo de beneficiários e valores expressivos disponibilizados. Isso indica a importância do programa de auxílio nessas regiões, que frequentemente enfrentam desafios socioeconômicos.
  • Há uma variação considerável entre os estados tanto em termos de quantidade de beneficiários quanto em valores disponibilizados. Isso reflete as diferenças demográficas, econômicas e sociais entre as diferentes regiões do País.
  • No total, foram registrados cerca de 20,9 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil em 2022, com um montante total de aproximadamente R$ 61,3 bilhões disponibilizados para o programa em todo o País.

11. Pontos de Atendimento de Correspondentes nos Municípios do Estado do Ceará em dezembro de 2022

Os pontos de atendimento de correspondentes nos municípios do Ceará são locais físicos onde são oferecidos serviços de correspondente bancário. Esses pontos de atendimento são estabelecidos por instituições financeiras, como bancos, cooperativas de crédito e outras entidades autorizadas pelo Banco Central do Brasil.


Os correspondentes bancários são empresas ou estabelecimentos comerciais que atuam como intermediários entre as instituições financeiras e a população, facilitando o acesso a serviços bancários básicos. Eles desempenham funções como recebimento de contas, saques, depósitos, pagamentos, empréstimos, dentre outros serviços financeiros.


Nos municípios do Ceará, os pontos de atendimento de correspondentes bancários estão espalhados em diversas localidades, incluindo agências dos Correios, lotéricas, supermercados, farmácias, lojas de conveniência, entre outros estabelecimentos. Essa distribuição visa ampliar a acessibilidade aos serviços financeiros, especialmente em áreas onde não há agências bancárias tradicionais ou em regiões com menor infraestrutura financeira.


Os pontos de atendimento de correspondentes nos municípios do Ceará desempenham um papel importante ao levar serviços financeiros básicos para mais perto da população, facilitando suas transações e contribuindo para a inclusão financeira.


Sobre as quantidades de pontos de atendimento de correspondentes em todos os municípios cearenses, em dezembro de 2022:


Fortaleza é o município com o maior número de pontos de atendimento, totalizando 6.542. Isso é esperado, pois Fortaleza é a capital do Estado e tem uma grande concentração populacional e comercial.


Juazeiro do Norte é o segundo município com a maior quantidade de pontos de atendimento, com 651. Juazeiro do Norte é conhecido por ser um importante polo econômico e religioso na região.


Sobral, Maracanaú e Iguatu também se destacam com um número significativo de pontos de atendimento, com 449, 368 e 296 respectivamente.


A maioria dos municípios tem uma quantidade relativamente baixa de pontos de atendimento, variando de menos de 100 até algumas centenas.


No total, o Ceará tem 16.517 pontos de atendimento de correspondentes distribuídos em seus municípios.