Webinário: Mulheres negras debatem o legado e a luta de Tereza de Benguela

Mulheres negras que militam e atuam em diferentes áreas vão debater o legado e a luta da líder quilombola
15:18 | 23 de jul de 2021 Autor: Anuário do Ceará

Mulheres negras que militam e atuam em diferentes áreas vão debater o legado e a luta da líder quilombola, Tereza de Benguela, no webinário Mulheres Negras: ancestralidade e futuro, que será transmitido na próxima segunda-feira, 26, às 15 horas, no canal da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) no YouTube.

A titular da SPS, Socorro França, vai abrir o evento, ao lado da secretária-executiva de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Lia Gomes e da secretaria-executiva de Políticas para as Mulheres, Denise Aguiar.

Para debater o assunto, foram convidadas Zelma Madeira, assessora especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais do Estado do Ceará; Bruna Rodrigues, juíza titular da Vara Única de Paracuru, e Antônia Araújo, ouvidora geral externa da Defensoria Pública do Estado do Ceará. A mediação será de Martír Silva, coordenadora especial de Políticas Públicas para Igualdade Racial da SPS.

As convidadas são mulheres com trajetórias diferentes que se conectam pela ancestralidade e pelo compromisso em construir um presente e um futuro com portas abertas para que outras mulheres negras possam ter voz e ocupem todos os espaços que lhes foram negados historicamente.

Quem foi Tereza de Benguela

Rainha Tereza, como costumava ser chamada, comandou durante 20 anos o quilombo do Quariterê, uma comunidade com mais de 100 pessoas negras e indígenas no Estado do Mato Grosso. A comunidade vivia do cultivo de algodão, milho, feijão, mandioca, banana e venda dos excedentes produzidos. Segundo os registros históricos, o Quilombo que Rainha Tereza governava vivia numa espécie de parlamento, onde todas as decisões eram discutidas em grupo e havia uma estrutura de conselheiros. Tereza era bem firme, comandava toda a estrutura política, econômica e administrativa, mantendo a defesa do quilombo com a utilização de armas trocadas com os brancos ou adquiridas nos confrontos com os bandeirantes e capitães do mato, de ataque a comunidade quilombola.