Rajadas de vento se intensificam no Ceará durante o segundo semestre

De acordo com a Funceme, o aumento gradual da velocidade dos ventos nos próximos meses ocorre anualmente, de maneira cíclica
19:58 | 19 de jul de 2022 Autor: Anuário do Ceará
imagem da interna

Com a chegada do segundo semestre de 2022, o Ceará passa a registrar a incidência de fortes rajadas de vento com maior frequência. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as velocidades mais significativas são verificadas no litoral e no alto da Serra da Ibiapaba.

De acordo com os dados da Fundação, desde o início do segundo semestre, Fortaleza já registrou pelo menos quatro rajadas acima dos 40 km/h. Neste mês de julho, a maior velocidade atingida pelo vento, na Capital, foi por volta das 13 horas do dia 13, quando chegou a 42,8 km/h.

De acordo com o meteorologista da Funceme, a velocidade máxima do vento pode ter sido ainda maior na faixa litorânea de Fortaleza, pois a estação que fez o registro está localizada distante da área de praia da Capital.

Com o aumento da velocidade dos ventos, principalmente na área costeira, há quem precise redobrar a atenção para conseguir o sustento da família.

Por outro lado, o início da estação dos ventos torna-se favorável para quem busca a prática de esportes de vela, como o kitesurf.

De acordo com a Funceme, o aumento gradual da velocidade dos ventos nos próximos meses ocorre anualmente, de maneira cíclica. Os ventos ficam mais fortes devido à alta pressão do Atlântico sul, sistema que se aproxima da costa brasileira neste período.

Até o dia 19 de julho deste ano, a rajada de vento de maior velocidade no Ceará, durante o segundo semestre, foi registrada em Araripe, com 63,54 km/h.
Vinícius Oliveira diz que essas rajadas mais fortes acontecem por um curto período de tempo.

Incêndios em vegetação aumentam durante temporada dos ventos

Com o aumento da frequência das fortes rajadas de vento no Estado, o segundo semestre do ano acaba se tornando mais propício ao crescimento do número de incêndios em vegetação. Isso porque a soma de fatores, como a umidade relativa do ar baixa, temperaturas elevadas e vegetação seca acabam favorecendo o alastramento do fogo.

No último ano, de acordo com o levantamento da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), entre julho e dezembro, a corporação atendeu 5.308 ocorrências no Estado. Em Quixadá, a corporação dispõe do 1º Batalhão de Combate a Incêndio Florestal (BCIF), para auxiliar na preservação do meio ambiente.

De acordo com o tenente subcomandante do 1º BCIF do CBMCE, Régis Leite, é preciso que a população redobre os cuidados ao lidar com fogo durante este semestre.

Em casos de incêndio, o CBMCE orienta que, além de chamar a corporação, via 193 ou 190, caso seja possível, as pessoas devem arrancar, cuidadosamente, as plantas em um ponto próximo ao local das chamas, evitando assim o alastramento do fogo.