Projeto homenageia os bens tombados do Ceará

Em sua edição 2017 - 2018, publicação faz reverência ao patrimônio histórico tombado do Estado e aos 80 anos de atuação do Iphan
12:49 | 25 de jul de 2017 Autor: Joelma Leal
imagem da interna

Tradicionalmente, o Anuário do Ceará celebra um fato ou efeméride. Na edição 2017 - 2018, que será lançada na próxima quinta-feira, 27, os 80 anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) serviram de inspiração para homenagear os bens tombados no Estado. “Elencamos bens tombados pela União, Estado e Município”, explica a editora-adjunta da publicação, Joelma Leal.


Romeu Duarte, professor doutor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) e ex-superintendente do Iphan assina o capítulo especial que fala dos 80 anos do órgão, traçando uma trajetória evolutiva da mentalidade relacionada ao patrimônio histórico no Estado. “Antes eram somente os intelectuais que se ocupavam desse assunto. Hoje temos um povo que em geral está interessado nesse tema e fazendo valer suas ideias em relação a esse ponto”.


O arquiteto comenta ainda que levantar esse debate em uma publicação como o Anuário, onde além dos bens tombados há as listas de mestres da cultura e das empresas que mais contribuíram com o setor através do mecenato estadual, é uma maneira de conhecer um pouco mais do “nosso lugar”. “Podemos elucidar as possibilidades que esses bens nos trazem, e não só para aqueles que apreciam a história. Eles têm um viés de desenvolvimento e podem movimentar a economia, gerando riquezas”.


Jocélio Leal, editor-executivo do Anuário do Ceará, explica que a publicação tem o patrimônio histórico do Estado como uma âncora importante do conteúdo. “A gente acredita que a melhor maneira de manter vivo o patrimônio é fazer com que as pessoas o conheçam. Então o Anuário cumpre esse papel, ele joga luzes, celebra os nossos patrimônios nos três níveis”.


Para Ítala Byanca Morais, superintendente do Iphan -Ce, os estudos dos bens tombados podem refletir importantes aspectos da cultura que forjaram o Ceará que conhecemos hoje. “Outro aspecto importante que podemos destacar da atuação do Iphan é o respeito à diversidade e às diferenças, principalmente por meio do Patrimônio Arqueológico e do Patrimônio Imaterial”.


Projeto gráfico -
A editora-executiva de Imagem do
O POVO, Andrea Araújo, assina o projeto gráfico da publicação, que teve o patrimônio histórico como inspiração. Onze obras do artista visual Carlus Campos, que retratam alguns desses bens, ilustram a capa e os capítulos da edição.


Sobre o projeto, Andrea comenta que, alidada às imagens, uma paleta de cores trafega por cada capítulo, juntamente com texturas e tipografias cuidadosamente escolhidas. “Como não pensar em cores, em linhas, em traços, em imagens fortes num momento tão especial para esta publicação? Esses conceitos visuais estão em harmonia com o editorial, numa sintonia quase que poética, tanto no impresso como no digital. É a forma e o conteúdo comungando perfeitamente neste Anuário”, conclui.


Texto: Larissa Pacheco/Especial para O POVO