O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará fechou o segundo trimestre de 2017 com alta de 2,17% em relação a igual período de 2016, quando ficou em – 7,18%. Comparativamente ao primeiro trimestre deste ano, quando o índice ficou em 2,26%, a elevação atingiu 1,33% e o acumulado neste ano (primeiro semestre) é de 0,77%. O desempenho revela que a economia estadual está em ritmo de recuperação, muito embora o acumulado nos últimos quatro trimestres ainda seja negativo: -2,21. Os números do PIB computam, pela primeira vez, as estimativas do impacto na economia estadual da operação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).
Os dados da economia cearense acabam de ser divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), que também divulgou o cálculo do PIB sem o impacto da CSP e os números são: 1,34% no segundo trimestre de 2017 em relação ao três primeiros meses do ano; 2,15% se comprado com igual período de 2016 e acumulado de 0,73% em 2017.
Dos três setores que compõem o PIB - agropecuária, indústria e serviços – o primeiro apresentou crescimento de 41,26% no segundo trimestre de 2017 em relação a igual período de 2016, quando fechou em -2.66%. Portanto, de acordo com o professor Flávio Ataliba, diretor-geral do Ipece, a agropecuária – mesmo levando em consideração que é, dentre os três setores o que tem menor peso no cálculo do PIB (5,2% de participação) – apresentou melhor resultado.
O segmento de serviço – que peso (participação) de 75,6% no cálculo do PIB - cresceu 0,13% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando fechou em -6,80%.
O setor industrial (participação de 19,2% no cálculo) fechou o segundo trimestre deste ano com índice de -0,17% em relação ao resultado de igual período de 2016 ( -10,23%). Porém, no primeiro trimestre deste ano o setor fechou com -1,28% e o acumulado no ano ficou em -0,73%, enquanto que nos últimos quatro semestres em -4,02%.
O PIB é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo. Além do Ceará, mais sete estados brasileiros realizam o cálculo de sua economia trimestralmente: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços, e desagregados por suas atividades econômicas. É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.
Com informações do Ipece