Óleo continua se espalhando e atinge novas praias de Pernambuco

Parte do óleo de origem desconhecida que atingiu trechos do litoral de Pernambuco há quase 50 dias atingiu a pelo menos mais três lugares
15:51 | 24 de out de 2019 Autor: Anuário do Ceará
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Soldados do exército brasileiro trabalham para remover um derramamento de óleo na praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. (Foto: REUTERS/Diego Nigro)

Parte do óleo de origem desconhecida que atingiu trechos do litoral de Pernambuco há quase 50 dias e que voltou a afetar a costa pernambucana na semana passada, atingiu a pelo menos mais três lugares, totalizando cinco novas localidades afetadas desde a madrugada desta quarta-feira, 23.

Além das praias de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, e da Praia do Janga, em Paulista, foi confirmada a presença de porções de resíduos contaminantes na Ilha do Amor, em Cabo de Santo Agostinho e na praia de Pau Amarelo, também em Paulista.

Nesta quinta-feira, 24, parte do material atingiu às praias de Pilar, na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte pernambucano.

Em um vídeo divulgado pelas redes sociais, o secretário municipal de Meio Ambiente, Clóvis Barreto, exibiu fragmentos de óleo emulsificado espalhados por um trecho de cerca de 500 metros da praia de Pilar e voluntários ajudando a limpar o local.

Além de moradores da cidade, a coleta do material e a limpeza da praia conta com o auxílio de 60 presos que cumprem pena no regime semiaberto.

Usando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), desde próximo as 9 horas eles ajudam a recolher parte do óleo em sacos de lixo, sendo o tempo todo escoltados por agentes penitenciários. A iniciativa já ocorreu em outras áreas afetadas.

Segundo o governo estadual, todos os detentos que participam da iniciativa são considerados de bom comportamento e se voluntariaram para o trabalho em troca de ter sua pena reduzida, conforme prevê a legislação penal.

Só em Pernambuco, 958 toneladas de óleo e resíduos foram recolhidas até ontem. Todo o óleo e material contaminado pelo produto está sendo armazenado no Centro de Tratamento de Resíduos Pernambuco, localizado em Igarassu.

A intenção inicial da Agência Estadual de Meio Ambiente é que, após tratado, o material tenha destinação definitiva. Segundo a agência estadual, o aterro foi projetado para receber resíduos classificados pela legislação ambiental como perigosos, como é o caso do óleo cru, cujas características ainda não são totalmente conhecidas.

As autoridades recomendam que as pessoas evitem tocar as manchas de óleo sem luvas de borracha. Caso o produto entre em contato direto com a pele, é recomendável limpar imediatamente a área atingida, utilizando gelo e óleo de cozinha. Em caso de reação alérgica, a pessoa deve procurar atendimento médico.

Com Agência Brasil