IPCA-15 atinge 0,57% em setembro, na RMF

Os preços dos alimentos e bebidas pressionaram o indicador com a maior alta (1,26%) e o maior impacto (0,29 ponto percentual)
19:47 | 23 de set de 2020 Autor: Joelma Leal

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, ficou em 0,57% em setembro, na Região Metropolitana de Fortaleza, o segundo maior resultado deste ano, o maior foi de janeiro (0,86%). No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 2,42% e, em 12 meses, atingiu 3,30%. O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado no trimestre, foi para 0,99%.

Os preços dos alimentos e bebidas pressionaram o indicador com a maior alta (1,26%) e o maior impacto (0,29 ponto percentual). A alta no setor foi puxada não só pelos leites e derivados – cujos preços subiram 5,68% e tiveram o maior impacto entre os alimentos, de 0,10 p.p. –, mas também pelo óleo de soja (20,79%), arroz (7,42%) e leite longa vida (9,56%). Os três últimos itens acumularam altas de 36,19 %, 29,11% e 16,16% no ano, respectivamente.

Os transportes tiveram o segundo maior impacto no índice em setembro (0,28 ponto percentual), embora tenha alcançado a maior variação (1,54%) entre os grupos, puxada pela gasolina, que subiu 5,09%, na terceira alta consecutiva e o óleo diesel (1,74%). Registraram quedas o gás veicular de 0,52%, ônibus interestadual 5,06% e transporte por aplicativo 3,70%. Ainda em transportes, as passagens aéreas apresentaram alta de 7,42%, após quatro meses consecutivos de quedas.

Outro destaque em setembro vem do grupo saúde e cuidados pessoais, cuja queda de 0,55% deve-se ao item plano de saúde (-2,33%), em função da decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender reajuste dos contratos de planos de saúde até o fim de 2020. Normalmente, o reajuste ocorre em julho e é retroativo a maio. Com a suspensão, todo o fator apropriado antecipadamente em maio, junho, julho e agosto, referente ao reajuste que seria anunciado em julho, foi descontado no IPCA-15 de setembro.

Os preços dos itens de despesas pessoais apontaram queda (-0,12%) em setembro. No grupo habitação (0,01%), os destaques ficaram com revestimento de piso e parede, alta nos preços de 6,71% e o cimento com variação de 3,55%. No lado das quedas, a energia elétrica residencial variou (-1,07%).

Todas as regiões tiveram variação positiva em setembro. O maior resultado foi registrado em Goiânia (1,10%), devido às altas nos preços da gasolina (8,19%) e do arroz (32,75%). Já a menor variação foi registrada na região metropolitana de Salvador (0,18%), onde a queda nos preços da gasolina (-2,66%) contribuiu com -0,12 p.p. no resultado do mês.