Inflação na RMF acelera em dezembro e encerra o ano de 2020 com 5,74%

Fortaleza ocupa o terceiro lugar no ranking da alta de preços
14:27 | 12 de jan de 2021 Autor: Joelma Leal

A inflação fechou o ano de 2020 com variação de 5,74% na Região Metropolitana de Fortaleza, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE. Já a variação do indicador para o mês de dezembro, que foi divulgado junto com o acumulado do ano, ficou em 1,46%, ante variação de 0,80% no mês de novembro/2020.

No ano passado, o que mais pesou para a elevação no índice na RM de Fortaleza foi a alta de 16,14% nos preços de alimentos e bebidas, seguida de 6,45% nos preços da habitação.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em dezembro. Os maiores percentuais no mês foram educação 3,75% e habitação 3,31%. Já o grupo alimentação e bebidas, principal grupo a influenciar a elevação no ano, em dezembro ficou em 5º lugar, com variação mensal de 0,97%, atrás de transporte 1,58% e vestuário 1,28%.

Em 2020, a alta dos preços foi generalizada em todas as 16 localidades pesquisadas pelo IBGE. O município de Campo Grande (6,85%) teve a maior variação do ano, por conta das carnes e da gasolina. Em seguida, foi Rio Branco (6,12%), Fortaleza (5,74%) ficou em terceiro lugar, seguido de São Luís (5,71%), Recife (5,66%), Vitória (5,15%), Belo Horizonte (4,99%) e Belém (4,63%), todas acima da média nacional (4,52%).


INPC fica acima do IPCA -
O IBGE também divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que abrange as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos. O INPC encerrou 2020, aqui na RM de Fortaleza, com alta de 6,32%, acima dos 4,96% do acumulado de 2019. Em dezembro, o INPC acelerou para 1,46%, frente alta de 0,92% registrada em novembro. Foi o maior resultado para o mês de dezembro desde 2002, quando o índice ficou em 2,99%. Em dezembro de 2019, a taxa foi de 1,29%.

Pedro Kislanov observa que INPC ficou acima do IPCA, no acumulado do ano. “Isso é explicado, em grande medida, pelo peso de alimentação e bebidas na cesta de produtos e serviços das famílias, que é maior no INPC do que no IPCA. Habitação também tem peso maior, especialmente por causa da energia elétrica”.