Inflação na indústria sobe 1,31% em junho com recorde no ano e em 12 meses, diz IBGE

Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
14:54 | 28 de jul de 2021 Autor: Anuário do Ceará

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 28, dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mostra que os preços da indústria subiram 1,31% na passagem de maio para junho, resultado superior à alta registrada na passagem de abril para maio (0,99%).

O acumulado no ano atingiu 19,11%, o maior para este mês na série histórica iniciada em 2014. O acumulado em 12 meses também foi recorde, chegando a 36,81%.

De acordo com o índice, a taxa de junho é a 23ª positiva consecutiva na comparação mensal. A pesquisa mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 18 tiveram variações positivas em junho. A maior influência no índice veio das indústrias extrativas, que representou 0,60 ponto percentual, seguido por outros produtos químicos (0,19 p.p.), produtos de metal (0,08 p.p.) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,07 p.p.).

Outra alta relevante se deu em produtos de metal (2,80%), a segunda maior variação observada no mês entre todos os setores das indústrias extrativas e de transformação analisados na pesquisa, além de apresentar a terceira maior influência na variação da Indústria frente a maio (0,08 p.p.).

Conforme vem ocorrendo desde o início do ano, o aumento em junho se justifica, em grande parte, pelos maiores preços das matérias-primas utilizadas no setor, em especial o aço.

Entre as quatro atividades que mais sofreram alta de preços no mês, além das indústrias extrativas (8,71%) e dos produtos de metal (2,80%), estão as indústrias de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,60%) e minerais não-metálicos (2,50%).

Em relação às grandes categorias econômicas, o IPP registrou alta de 0,71% em bens de capital; 1,56% em bens intermediários; e 1,01% em bens de consumo, sendo que 2,03% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,81% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.


Com IBGE