Inflação na indústria desacelera para 0,61% em junho, mesmo com alta nos preços do petróleo e álcool

Refino de petróleo e produtos do álcool tiveram alta de 17% em junho
16:35 | 31 de jul de 2020 Autor: Anuário do Ceará

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços da indústria subiram 0,61% em junho em comparação ao mês anterior. O principal impacto ocorreu da atividade relacionada aos derivados de petróleo e biocombustíveis (17,07%).

Mesmo com a alta, houve uma desaceleração em relação ao resultado de maio (1,16%), que havia sido o mais alto desde maio de 2019 (1,39%). Apesar disso, é o 11º aumento consecutivo do indicador, segundo o IBGE, que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta sexta-feira, 31, pelo IBGE. Neste ano, o indicador acumula elevação de 3,94% até junho. Já nos últimos 12 meses a inflação da indústria foi de 6,38%.

Diferentemente dos últimos meses, a atividade de alimentos, que tem o principal peso no índice geral (cerca de um quarto do indicador) e acumula alta de 17,38% no ano, registrou uma variação negativa de -0,79%.

Além disso, menos da metade das 24 atividades pesquisadas apresentou variação positiva. O que puxou o IPP para o campo positivo foi o refino de petróleo e produtos do álcool.

Outras variações que merecem destaque na passagem de maio para junho foram a do fumo (-6,08%), a dos calçados e artigos de couro (-5,82%) e a de outros equipamentos de transporte (-4,25%).

Sendo que, em termos de influência, sobressaíram, além do refino de petróleo e produtos de álcool (1,12 p.p.) e dos alimentos (-0,20 p.p.), a metalurgia (-0,21 p.p.), com queda de 3,21%, e as indústrias extrativas (0,17 p.p.), com alta de 3,75%.


Com IBGE Notícias