Governo do Ceará realiza diplomação dos novos Tesouros Vivos da Cultura do Ceará

A diplomação consolidou a ampliação de 80 para 100 do número de Mestres e Mestras da Cultura
10:30 | 21 de dez de 2022 Autor: Joelma Leal
imagem da interna
O evento ocorreu no Centro Cultural do Cariri Sérvilo Esmeraldo, equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará, na cidade do Crato

O Governo do Ceará realizou a cerimônia de diplomação dos novos Tesouros Vivos da Cultura, sendo 25 pessoas, dois grupos e uma coletividade. A diplomação consolidou a ampliação de 80 para 100 do número de Mestres e Mestras da Cultura.

A titulação tem o objetivo de preservar a memória cultural e garantir a transmissão de seus saberes e fazeres artísticos e culturais. A ação realizada hoje consolida a ampliação do número de Mestres e Mestras da Cultura. “Um vez eu perguntei para o Mestre Aldemir o que é ser mestre da cultura. E ele me respondeu que primeiro vem o respeito, tem que ser respeitado pela comunidade. Em seguida, tem que ser verdadeiro com o que faz e, em terceiro, tem que te amor”, contou o titular da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), Fabiano Piúba.

De acordo com a Secult, os Mestres e Mestras da Cultura são reconhecidos como difusores de tradições, da história e da identidade, atuando no repasse de seus saberes e experiências às novas gerações. Foi exatamente por viver essa definição que o Pajé Barbosa, Mestre da Cultura Indígena, foi um dos agraciados com o título de Mestre da Cultura. Falecido, o pajé foi representado por seus filhos Pajé Alex e Pajé Fran, que recordaram as ações do pai.

Os selecionados pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural e Memória da Secult Ceará para serem diplomados mestres da cultura passam a contar com reconhecimento institucional e recebem um subsídio no valor de um salário mínimo mensal, como auxílio para a manutenção de suas atividades e para a transmissão de seus saberes e fazeres.

O Registro dos Mestres da Cultura Tradicional Popular do Estado do Ceará foi instituído, no âmbito da Administração Pública Estadual, em 2003, durante a gestão da então secretária da Cultura, Cláudia Leitão, do governo Lúcio Alcântara. Em 2017, o então governador Camilo Santana ampliou de 60 para 80 o número de Tesouros Vivos do Ceará, alcançando uma meta do Plano Estadual da Cultura.

O programa Mestres da Cultura se tornou um referencial do Ceará para o Brasil, recebendo, à época de sua criação, prêmio do Ministério da Cultura pela qualidade e pelos efeitos da iniciativa.

O Anuário traz lista completa de Tesouros Vivos.

Abaixo os mestres da cultura diplomados:

Pajé Barbosa – Mestre Indigena

Zilda Torres – Teatro de Bonecos

Pádua Queiroz – Literatura de Cordel

Lourdes do Coco – Dança do Coco

Josenir Lacerda – Literatura de Cordel

Mestra Carla Mara – Copeira

Mestre Cicero – Banda Cabaçal

Ana da Rabeca – Rabequeira

Augusto Bonequeiro – Teatro de Bonecos

Klevisson Viana – Literatura de Cordel, desenho e gravura

Francorli – Xilogravura

Mestre Lula – Capoeira

Pai Neto Tranca Rua – Umbanda

Mestre Wlisses – Capoeira

Mestre Galdino – Mateiro

Mestre Fanca – Contadora de História e Bordadeira

Mestre Dodô – Reisado

Édson Brandão – Circo

Raimundo Claudino – Cultura Junida

Mestre Chico Ceará – Capoeira

Mestre Nena – Becamarteiro e Mateu de Reisado

Maria Izabel – Rezadeira

Dadá Leitão – Artesanato Barbado a Mão

Cirio Brasil – Circo de Lona Tradicional

Mestre Vamirez – Santeiro

Reisado de Caretas Potengi

Coco de Praia do Iguape

Associação Cultural do Maracatu Vozes da África