Fortaleza ocupa 3º lugar no Nordeste em violência contra a mulher

Pesquisa mostra que em Fortaleza, uma em cada cinco mulheres (18,97%) já sofreu algum tipo de violência física. A capital cearense fica atrás de Salvador (19,76%) e Natal (19,37%)
19:49 | 09 de dez de 2016 Autor: Joelma Leal

Dados da Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a mulher (PCSVDF Mulher) mostra que em Fortaleza, uma em cada cinco mulheres (18,97%) já sofreu algum tipo de violência física. A capital cearense ocupa o 3º lugar no Nordeste, ficando atrás de Salvador (19,76%) e Natal (19,37%).


O estudo foi realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (Caen/UFC) em parceria com o Instituto Maria da Penha, o estudo é considerado o maior da América Latina na área.


No total, aproximadamente, cerca de 10 mil mulheres, entre 15 e 50 anos, nas nove capitais da região, foram ouvidas no período de março a junho deste ano.

As estatísticas fornecem informações quantitativas em relação à violência contra a mulher. As qualitativas, que ajudam investigar as causas, serão obtidas em 2017.




Em Fortaleza, quase um terço das agressões físicas (5,54%) contra mulheres ocorreu nos doze meses anteriores à aplicação da pesquisa.


Além dos dados relacionados à violência física contra mulheres nas capitais do Nordeste, a pesquisa apresenta uma série de outros dados. No Nordeste, cerca de três em cada dez mulheres já sofreram algum tipo de violência na vida (física, emocional ou sexual). Quase metade desses casos (11,92%) ocorreu nos doze meses anteriores em que a pesquisa foi aplicada.


 

Ranking Violência física contra mulher no Nordeste

Salvador - 19,76%

Natal - 19,37%

Fortaleza - 18,97%

Maceió - 18,44%

João Pessoa - 17,87%

Recife - 17,59%

Aracaju - 15,44%

Teresina - 14,22%

São Luís - 12,54%


Nos últimos 12 meses

Maceió - 7,48%

João Pessoa - 6,04%

Recife - 5,74%

Fortaleza - 5,54%

Natal - 5,5%

Aracaju - 5,39%

Salvador - 4,73%

Teresina - 4,38%

São Luís - 3,67%

Com informações do repórter João Marcelo Sena, do O POVO