Estudo da Faculdade de Medicina da UFC em parceria com universidade dos EUA avalia papel de enzima no tratamento de câncer gástrico

Funcionando como um biomarcador, a enzima AURKA pode ser alvo de fármacos para reduzir a agressividade do câncer
16:38 | 24 de ago de 2021 Autor: Anuário do Ceará
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A pesquisa avaliou o potencial da quinase Aurora A (AURKA) para auxiliar no tratamento de câncer gástrico

Em artigo publicado no Journal of Cellular Biochemistry, com autoria principal do doutorando em Farmacologia Felipe Mesquita, a equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com a Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (EUA), avaliou o potencial da quinase Aurora A (AURKA) para cumprir a função de biomarcador e servir como alvo de fármacos, de modo a controlar o avanço do câncer.

Na prática, isso significa que, a partir da identificação e do estudo aprofundado do biomarcador AURKA, enzima que cumpre funções importantes no organismo relacionadas ao avanço do câncer, seria possível o desenvolvimento de novos medicamentos focados justamente nela.

Além de ser um dos tipos mais frequentes no mundo, o câncer gástrico, também chamado câncer de estômago, é ainda um dos mais perigosos por ser normalmente diagnosticado em estágios avançados, em fase metastática (quando se espalha para outros órgãos).
O Instituto Nacional do Câncer estima, apenas para o ano de 2022, 13.360 casos novos da doença em homens e 7.870 em mulheres.

Dada a gravidade, esforços de pesquisa na área da saúde para abrandar o problema passam pela descoberta de formas para combater o câncer de modo precoce e direcionado, identificando sua presença em estágios iniciais por meio de biomarcadores no organismo, que podem funcionar ainda como alvos de terapia.