Empresa chinesa tem interesse em investir no parque tecnológico da UFC

A Tuspark, responsável pela gestão de 20 parques tecnológicos no país asiático, tem planos para investimento no Campus do Pici
15:59 | 01 de nov de 2016 Autor: Anuário do Ceará

A empresa chinesa Tsinghua University Science Park (Tuspark) se mostrou interessada em investir no parque tecnológico localizado na Universidade Federal do Ceará (UFC). A primeira tratativa ocorreu no dia 20 de outubro com o gestor da companhia, Herbert Chen. A empresa ficaria baseada no Campus do Pici.

A área está inserida no Programa de Apoio de Parques Tecnológicos e Criativos de Fortaleza (Parqfor). A prefeitura concederia incentivos fiscais, como o abatimento do Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-Vivos (ITBI). A expectativa é que uma delegação formada pelo Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza e UFC visite um dos parques da Tsinghua na China. A data não foi definida.


Fortaleza abriga parques tecnológicos em faculdades e universidades. Além da UFC, eles estão situados na Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade de Fortaleza (Unifor), Faculdade 7 de Setembro (FA7). Uma área de 3,85 quilômetros localizada na Praia do Futuro é sede de outra unidade.


A Tuspark é responsável pela gestão de 20 parques tecnológicos na China. Mais de 200 companhias internacionais estão inseridas nas poligonais, destacando-se empresas de telefonia, robótica, Tecnologia da Informação, TV digital, fármacos, etc.


Praia do Futuro

A perspectiva é que a Praia do Futuro se transforme num centro (hub) de telecomunicações no Estado. A área abrigará um data center da empresa Angola Cables, com previsão de construção para 2017. A Capital também é porta de entrada no País para tráfego de dados, especialmente com a instalação de cabos submarinos, conectando o Brasil à América do Norte, África, Ásia e Europa. Quatro farão as conexões: o cabo Monet faz a conexão entre Fortaleza e Miami, nos Estados Unidos; o Sacs ligará Fortaleza à Luanda (capital da Angola); outro ligará a capital cearense à cidade de Kribi, em Camarões. Por fim, um cabo submarino que partirá de Lisboa fará a conexão com Fortaleza.


A instalação de um data center e um call center da empresa espanhola Telefónica também é esperada. “Eles fizeram o anúncio, mas não ingressaram com um pedido na Secretaria. Ainda não negociaram conosco”, diz Barbosa.


Parceria

A expertise chinesa na área de parques tecnológicos pode fomentar o desenvolvimento do Estado e mudar o perfil da economia do Ceará. Assim avalia o professor Javan Machado, coordenador de Inovação Tecnológica da UFC. Ele explica que há um convênio entre a UFC e a Tuskpark. “É uma cooperação onde se propõe um apoio tecnológico para o desenvolvimento das empresas de vários setores”.

Os segmentos com chances de desenvolvimento no parque tecnológico da UFC, destaca, são os de fármacos, produção de medicamentos, tecnologia de alimentos, química, robótica, eletrônica e Tecnologia da Informação e indústria do petróleo.