Em comemoração, O POVO revisita casa de Juvenal Galeno

27 de setembro é a data em que se comemora os 180 anos do poeta criador da Casa
18:27 | 28 de set de 2016 Autor: Anuário do Ceará
imagem da interna
Antônio Galeno, bisneto do Poeta, é o gestor da Casa de Juvenal Galeno


Camila Holanda


Na rua General Sampaio, uma antiga casa de muro verde e branco chama a atenção de quem passa. A fachada nem é tão grande, mas se destaca em meio ao ritmo frenético do Centro de Fortaleza e às construções modernas onde funcionam comércios. Se olhar de forma mais atenta, o transeunte verá uma plaquinha onde está grafada a identidade do lugar: é a Casa de Juvenal Galeno.


Dificilmente, a poesia de Galeno é ou será revisitada nos colégios, mas certamente está afiada na boca do cancioneiro popular, como bem lembra o folclorista e teatrólogo Oswald Barroso. “Era uma poesia eminentemente oral, musicada. Você tem vontade de cantar enquanto lê ou recita. Eu tenho a impressão de que ele fazia cantando e só depois é que registrava”, observa o pesquisador. “Ele tinha um berço na tradição oral, era irmão dos cantadores. Na poética dele, ninguém sabia o que era poema e o que era canção”, analisa.


Por trás do portão de entrada existe um universo guardado nos 97 anos que o espaço completa no dia 27 de setembro. A data é icônica e comemora ainda - e principalmente - os 180 anos do nascimento do poeta criador da Casa, além dos 160 anos de seu primeiro livro, Prelúdios Poéticos. É tempo de celebrar a obra e o legado deixados pelo Poeta.