Despesas com saúde crescem mesmo em meio à crise e atingem 9,1% do PIB

Os dados fazem parte da Conta-Satélite de Saúde Brasil 2010-2015, divulgados pelo IBGE
15:54 | 20 de dez de 2017 Autor: Anuário do Ceará
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O consumo final de bens e serviços de saúde no Brasil cresceu em 2015, um dos piores anos da crise econômica, e atingiu R$ 546 bilhões, o equivalente a 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país naquele ano). Desse total, R$ 231 bilhões (3,9% do PIB) corresponderam a despesas de consumo do governo e R$ 315 bilhões (5,2% do PIB), a despesas de famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias.

Os dados fazem parte da Conta-Satélite de Saúde Brasil 2010-2015, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 20, com informações sobre produção, consumo final e comércio exterior de bens e serviços relacionados à saúde, bem como informações sobre trabalho e renda nas atividades que geram esses produtos.

Embora os gastos das famílias com saúde tenham sido superiores ao do Governo, pouco menos de 50 milhões de pessoas têm plano de saúde no País – o equivalente a um quarto da população.

Participação da saúde na economia do País

Uma das constatações do IBGE, a partir da pesquisa, é de que a participação das atividades de saúde na renda gerada no País (em valor adicionado) aumentou em todos os anos da série e saltou de 6,1% do PIB em 2010 para 7,3% em 2015. Este aumento se deu em todos os anos.

A participação dos serviços no consumo de saúde aumentou em todos os anos, passando de 75,9% para 79,2%, entre 2010 e 2015. Já em relação aos bens, a participação dos medicamentos caiu de 22,4% para 19%.

Em 2014, o volume de bens e serviços de saúde consumido por famílias e instituições sem fins lucrativos aumentou 4,3%, em linha com o crescimento de 4,5% do consumo do governo.

No mesmo período, os preços dos bens e serviços de saúde subiram mais do que a média dos preços da economia – foi um aumento de 0,5 ponto percentual, ao passar de 8,2% para 8,7% do PIB.


Agência Brasil