Ceará tem primeiro laboratório com protocolo internacional para diagnóstico de leucemia

O projeto reúne laboratórios de citometria de fluxo que dão suporte aos centros de transplante de medula óssea nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste
14:13 | 15 de fev de 2021 Autor: Joelma Leal
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A iniciativa da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e Amgen, empresa de biotecnologia, envolve mais de 20 laboratórios do País

O Centro de Hematologia de Hemoterapia do Ceará (Hemoce), equipamento vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), faz parte de projeto pioneiro no Brasil para
padronizar a avaliação da Doença Residual Mínima (DRM) em pacientes com Leucemia Linfoblástica Aguda. A iniciativa da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e Amgen, empresa de biotecnologia, envolve mais de 20 laboratórios do País.
O Hemoce foi o único do Ceará convidado a participar.

O projeto reúne os laboratórios de citometria de fluxo que dão suporte aos centros de transplante de medula óssea nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Elaborado em etapas, a primeira fase foi um treinamento com os profissionais.

O próximo passo é encaminhar à SBTMO dez amostras analisadas para verificar se os processos estão de acordo com o fluxo padronizado. A nova rotina vai auxiliar na maior precisão do exame de imunofenotipagem, uma das técnicas usadas para investigar a DRM em pacientes com diagnóstico de leucemia. Trata-se de um exame mais detalhado das células, onde é possível
verificar se existe a presença de antígenos normais ou alterados. É uma técnica extremamente sensível que possibilita um rastreio mais profundo e, desta forma, um tratamento mais direcionado para cada caso do paciente.


A base do projeto segue protocolo internacional do consórcio de universidades europeias, o EuroFlow, que já utiliza os procedimentos.

Laboratório de Citometria de Fluxo

O Laboratório de Citometria de Fluxo do Hemoce realiza o diagnóstico de leucemias agudas e crônicas dos tipos mieloides e linfoides por meio de técnicas e exames de alta precisão. São realizados, em média, mais de 40 exames por mês de pacientes atendidos pela rede de saúde pública do Ceará.