Ceará tem 45% de probabilidade de ter chuvas acima da média entre fevereiro e abril

Os dados foram divulgados durante entrevista coletiva realizada pelo órgão na manhã desta terça, 21
15:54 | 21 de jan de 2020 Autor: Anuário do Ceará

De acordo com prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) divulgado nesta terça-feira, 21, o Ceará tem 45% de probabilidade de ter chuvas acima da normalidade entre fevereiro e abril. Segundo o estudo feito pela instituição, a probabilidade das precipitações ficarem em torno da média é de 35% e de ficar abaixo da média é de 20%.

O número é resultado da análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala (vento em superfície e em altitude, pressão ao nível do mar, temperatura da superfície do mar, entre outros) e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e de modelos estatísticos de diversas instituições de Meteorologia do Brasil.
Os modelos indicam, no entanto, uma tendência de redução das chuvas ao longo da estação chuvosa.

Temperatura da Superfície do Mar (TSM)

O campo de anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) mostra, em dezembro de 2019, no oceano Pacífico equatorial central e leste, predomínio de condições de neutralidade. O índice ONI (Oceanic Niño Index do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos), do período outubro, novembro e dezembro (OND) de 2019, é de +0,5° C.

No oceano Atlântico tropical sul, observam-se áreas aquecidas próximo à costa da África, e TSM em torno da média no Atlântico tropical norte. Os modelos de previsão de TSM, rodados em janeiro de 2020, indicam, para o trimestre fevereiro, março e abril (FMA) de 2020, tendência de neutralidade das condições do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (Enos) no oceano Pacífico equatorial e manutenção de condições de aquecimento no Atlântico tropical sul.

Nas últimas semanas, nota-se expansão das áreas com águas aquecidas atingindo toda a bacia tropical do oceano Atlântico. Os ventos alísios de nordeste, no Atlântico tropical, têm se mostrado um pouco mais enfraquecidos, o que pode prejudicar o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) para latitudes mais ao sul, mantendo a localizada próxima ao norte da região Nordeste.