Ceará gerou 1.653 vagas de emprego em janeiro de 2018

O saldo positivo observado no Estado foi decorrente dos empregos gerados fora da RMF
19:02 | 05 de mar de 2018 Autor: Joelma Leal
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o aumento é consequência da expansão das contratações, especialmente na Indústria de transformação na região Sertão Central

Em janeiro de 2018, foram criadas no Ceará 1.653 vagas de trabalho com carteira assinada – maior número em 16 anos -, consequência da expansão das contratações, especialmente na Indústria de transformação na região Sertão Central. No entanto, a Região metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou fechamento de 2.403 vagas de emprego com carteira assinada, enquanto o interior ocorreu geração de 4.056 vagas. O saldo positivo observado no Estado foi decorrente dos empregos gerados fora da RMF. Os dados estão no Enfoque Econômico nº 177 – Desempenho do Emprego Celetista Cearense – Janeiro de 2018.

No Ceará, 82 municípios tiveram saldo positivo em janeiro de 2018, 80 apresentaram saldo nulo e 22 saldo negativo. A cidade de Quixeramobim destacou-se com a maior geração de vagas de trabalho celetista (4.251 vagas), seguida por Itapipoca (151 vagas); Santa Quitéria (98 vagas); Brejo Santo (87 vagas) e Itapajé (69 vagas). Os maiores saldos negativos para o mês de janeiro foram observados em Fortaleza (-2.056 vagas), nas atividades de construção civil e comércio, seguido de Caucaia (-307 vagas), Várzea Alegre (-251 vagas), Ubajara (-135 vagas) e Juazeiro do Norte (-122 vagas), para listar os cinco maiores.

O resultado de janeiro (1.653), além de ser o maior em 16 anos, é o primeiro positivo em seis anos (desde 2012), de acordo com Alexsandre Lira Cavalcante, analista de Políticas Públicas do Ipece. Das oito atividades pesquisadas, apenas três apresentaram saldos positivos de empregos em janeiro de 2018. A maior contribuição foi dada pela Indústria da transformação (4.252 vagas), seguida por Serviços (579 vagas) e Extrativa Mineral (32 vagas). As atividades que apresentaram as maiores destruições de postos formais de trabalho foram: Comércio (-2.383 vagas); Agropecuária (-264 vagas), Administração Pública (APU) -263 vagas; Construção civil (-222 vagas) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (Siup), com menos 78 vagas, muito explicada por fatores sazonais, em especial o comércio e a agropecuária.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, o Brasil gerou 77.822 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro de 2018, o maior saldo para o mês desde 2012. Tal resultado é um forte indicador da retomada do crescimento econômico nacional. Os dados obtidos para as cinco grandes regiões do país mostram que em três delas foram gerados empregos com carteira assinada. A região Sul foi a que registrou o maior ganho de empregos formais no país em janeiro de 2018 (46.754 vagas), seguida pelo Sudeste (21.924 vagas) e Centro-Oeste (20.421 vagas). As demais regiões apresentaram saldos negativos de empregos: Nordeste (-6.035 vagas) e Norte (-5.242 vagas). Na análise do desempenho do emprego celetista por estados da federação. São Paulo foi o estado que mais gerou postos de trabalho com carteira assinada (20.278 vagas), seguido por Rio Grande do Sul (17.769 vagas) e Santa Catarina (17.348 vagas). O Ceará apresentou saldo positivo de 1.653 vagas ficando na 11ª colocação.