Cabo Monet vai interligar, com fibra óptica, Fortaleza, Santos e Miami

Estudo mostra que até 2030, o setor tem potencial de representar até R$ 1,1 bilhão no PIB do Ceará
17:21 | 12 de set de 2016 Autor: Anuário do Ceará
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Governador Camilo Santana participa de evento que marca a chegada de cabos submarinos de fibra ótica da Angola Cables.

O cabo Monet, que interligará com fibra óptica as cidades de Fortaleza, Santos (São Paulo) e Miami (Estados Unidos), já está em Fortaleza. A multinacional Angola Cables anunciou, nesta segunda-feira, 12 de setembro, o lançamento do cabo na costa cearense e a interligação com a estrutura terrestre. Estudo feito pela empresa mostra que até 2030, o setor tem potencial de representar até R$ 1,1 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará.

Com investimento de US$ 110 milhões, o novo sistema terá capacidade de transmissão de pelo menos 60 Tbps. Este cabeamento deve chegar a Miami em meados de outubro. No mesmo período, terá início em Fortaleza a construção da estação operacional da empresa na Praia do Futuro. A previsão é de que o sistema entre em operação no primeiro semestre de 2017.

O CEO da Angola Cables, António Nunes, explica que o Monet vai estabelecer um novo parâmetro de serviços em telecomunicação no Brasil. Enquanto o padrão da largura de banda é de dez gigas, os novos cabos têm largura dez vezes maior. A velocidade de transmissão é menor do que um piscar de olhos "é um novo paradigma do negócio", complementa Nunes.

Esta estrutura tem potencial de atrair vários outros negócios para o Estado não apenas em serviços de conexão, mas também na área de produção de conteúdo. "O Ceará e Fortaleza passam a ser uma espécie de hub de conexões com o mundo e também uma grande referência na área de tecnologia. Este será um marco fundamental para abrir novas perspectivas para atração de outros empreendimentos no Estado", destacou o governador Camilo Santana.

Além do Monet, a Angola Cables pretende implantar um Data Center de três mil metros quadrados na Praia do Futuro; a instalação de um segundo cabo submarino South Atlantic Cable System (SACS) que interligará o Brasil à África; e a construção de duas estações terrestres que acolherão os dois cabos. O investimento total estimado é de US$ 300 milhões.