Brasil tem elevado potencial natural para a agricultura, diz IBGE

O estudo revelou que 32% da área do território nacional apresenta boa (30%) ou muito boa (2%) potencialidade ao desenvolvimento agrícola
14:37 | 05 de dez de 2022 Autor: Anuário do Ceará
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira, 5, o Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil, publicação inédita que busca classificar, interpretar e visualizar o potencial natural dos solos para a agricultura.

O dia para a publicação da obra foi escolhido por ser o Dia Mundial do Solo, implementado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Este ano, a data tem como tema “Solos: onde a alimentação começa".

O mapa orientativo foi elaborado a partir do
mapeamento de solos do IBGE, levando em consideração os recursos naturais, sobretudo solo e relevo, e como eles podem favorecer o setor agrícola brasileiro.

A grande variedade de tipos de solos do Brasil foi classificada considerando características como textura, pedregosidade, rochosidade, erodibilidade, entre outros, em cinco classes de potencialidade variando de terras com muito boa potencialidade a terras com restrições muito fortes ao desenvolvimento agrícola.

O estudo revelou que 32% da área do território nacional apresenta boa (30%) ou muito boa (2%) potencialidade ao desenvolvimento agrícola.
Outros 33% do território apresentam moderada potencialidade ao desenvolvimento agrícola.

Por outro lado, as áreas com restrições significativas ao desenvolvimento da agricultura correspondem a 21% do território. Estes são locais dominantemente com relevos mais acidentados, com problemas de fertilidade e mecanização e restrições importantes quanto à profundidade.

Já a última classificação é de áreas com restrições muito fortes ao uso agrícola, que somam 11% do País. Isso porque são locais principalmente em superfícies com declividade muito acentuada e/ou, presença de sais solúveis indesejáveis e/ou restrições importantes quanto à profundidade.

Para plantar nessas áreas são necessárias ações muito significativas e intensivas e, em alguns locais, essas terras poderiam ser indicadas como áreas de preservação ou conservação em função da fragilidade do ambiente. "São locais onde a agricultura pode levar à degradação”, explica o analista da pesquisa.


Com informações Agência IBGE Notícias