Bienal Internacional de Dança do Ceará chega à 13ª edição em formato presencial

A abertura será no dia 9, a partir das 13 horas, na Praça do Ferreira, com a performance “Blanc” (2015), do suíço Yann Marussich
15:46 | 01 de dez de 2021 Autor: Anuário do Ceará
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A XIII Bienal Internacional de Dança do Ceará ocorre de 9 a 19 de dezembro de forma presencial e gratuito, seguindo todos os protocolos sanitários.

Esta é uma edição da tradicional Bienal dos anos ímpares, criada em 1997. Em 2008 foi lançada a Bienal De Par Em Par, um desdobramento do projeto para os anos pares. Excepcionalmente, em virtude da pandemia de Covid-19, a 7ª edição da Bienal De Par em Par, que seria em 2020, foi realizada agora em 2021, nos meses de março e agosto.

A XIII Bienal Internacional de Dança do Ceará é apresentada pelo Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), via Lei Estadual Nº 13.811 – Mecenato Estadual.

ABERTURA NA PRAÇA E NO PALCO

A abertura será no dia 9, a partir das 13 horas, na Praça do Ferreira, com a performance “Blanc” (2015), do suíço Yann Marussich. Às 16 horas, o coletivo de artistas No barraco da Constância tem!, do Ceará, apresenta “Delirantes e Malsãs” (2020).

Às 17 horas, o francês Rachid Ouramdane traz um dos trabalhos mais midiáticos dos últimos anos, “Les Traceurs”, onde o artista/atleta francês Nathan Paulin desafia limites caminhando em fita de slackline nas alturas. Em Fortaleza, ele percorrerá uma distância de 250 metros, de um edifício no entorno da Praça dos Leões até um edifício na Praça do Ferreira, a uma altura de 50 metros.

ABERTURA OFICIAL

A abertura oficial será em Fortaleza, no dia 9 às 19 horas, no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secult-CE, gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). Após a solenidade, a Bienal traz novamente aos palcos cearenses o Balé da Cidade de São Paulo, que há mais de 15 anos não dança nos palcos da Bienal.

Com direção de Cassi Abranches, o Balé da Cidade de São Paulo apresenta nesta edição “Isso dá um baile!”, que estreou em outubro deste ano.

OUTROS ESPAÇOS DA BIENAL

Nos outros dias, a programação segue para o Teatro B. de Paiva no Centro Cultural Porto Dragão, Teatro Dragão do Mar e Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC Dragão) no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), equipamentos da Secult-CE geridos em parceria com o IDM, Praça do Ferreira, Casa da Silvia Moura, em Fortaleza, e para as cidades de Paracuru, Itapipoca e Trairi.

A XIII Bienal de Dança presta homenagem a dois nomes que fazem parte da história da Bienal e estão de volta nesta edição, o francês Rachid Ouramdane e o pernambucano Jorge Garcia.

NOS PALCOS E NAS PRAÇAS

O suíço Yann Marussich é um nome internacional que já esteve em outras edições com performances como “Procissão Pagã” em 2007, “Ex-Pression” e “Bleu Remix” em 2010, ano em que conduziu uma residência artística com a Cia Alysson Amancio, resultando no espetáculo “Com Cheiro de Peixe Criado”.

O suíço retorna à Bienal nesta edição trazendo alguns trabalhos performáticos de seu repertório. Além de “Blanc”, nos três dias seguintes, no MAC Dragão, ele apresenta, respectivamente “Bain Brisé” (2010), em que fica mergulhado em uma banheira cheia de vidro, “Pot-Pourri” (2021), onde imerso em uma banheira de arroz, usa um respirador, e “AGOKWA” (2016), nome que os nativos americanos dão a homens que vivem e se vestem como mulheres. Estas apresentações de Yann Marussich na Bienal acontecem em parceria com o Festival Elos.

A parceria Bienal e Elos traz também o artista nipo-brasileiro Eduardo Fukushima, de São Paulo. Nos dias 10 e 11, no Porto Dragão, ele vem pela primeira vez à Bienal para apresentar seu aclamado trabalho “Homem Torto”, solo que estreou em 2013 em Veneza, na Itália.

A Bienal recebe o coreógrafo, performer e escritor Wagner Schwartz com a performance “La Bête” (2005). A exemplo de outros trabalhos, em que se inspira em um disco, uma instalação, um livro ou uma pintura, “La Bête” tem como referência uma das esculturas da série “Bichos” (1960) de Lygia Clark. Na Bienal de Dança a performance será apresentada nos dias 10 e 11 no MAC Dragão.

ACESSIBILIDADE

Nesta edição, três espetáculos que serão apresentados no Teatro Dragão do Mar se enquadram nas ações da plataforma. O bailarino e coreógrafo cearense João Paulo Lima, doutorando em Dança pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, apresenta no dia 16 “Devotees” (2021), seu novo trabalho. Os outros dois espetáculos compuseram a programação da Bienal De Par Em Par de forma online, em agosto deste ano, e serão agora apresentados presencialmente, “Inventário de Belezas” (2021) e a adaptação de “My (Petit) Pogo” (2021), coproduções da Bienal que usam da acessibilidade como elemento de criação.

“Inventário de Belezas” é uma criação do coreógrafo convidado Luiz Fernando Bongiovanni, apresentado pela Paracuru Cia de Dança, com direção de Flávio Sampaio.

A adaptação de “My (Petit) Pogo”, obra de maior circulação na França da Cie. R.A.M.a., do coreógrafo Fabrice Ramalingom, é fruto de intercâmbio com a Carnaúba Criações, do Ceará. A remontagem com bailarinos do Ceará, uma parceria entre a Bienal e o Consulado Geral da França para o Nordeste em Recife, foi realizada com a direção online do coreógrafo francês, com a assistência de direção presencial da cearense Clarice Lima, que atuou também como ensaiadora. Os artistas envolvidos se engajam na adaptação de uma escrita e de uma didática precisas aos corpos e público brasileiro. O espetáculo será apresentado no dia 15 em Fortaleza e no dia 17 em Itapipoca.

Para saber mais sobre toda a programação da Bienal basta acessar o site da Secult-CE.

SERVIÇO

XIII Bienal Internacional de Dança do Ceará – De 9 a 18 de dezembro de 2021

Informações:
bienal@bienaldedanca.com

Site: www.bienaldedanca.com

A abertura no Cineteatro São Luiz será para convidados.

Os demais espetáculos em espaços fechados terão acesso gratuito e os ingressos serão disponibilizados na plataforma Sympla.