Pandemia restringe acesso de 28,6 milhões de pessoas ao mercado de trabalho em maio

Os dados são os primeiros resultados da PNAD Covid-19, divulgada pelo IBGE
14:42 | 16 de jun de 2020 Autor: Joelma Leal

A PNAD Covid-19 estimou em 84,4 milhões a população ocupada do País na semana de 24 a 30 de maio. Entre esses, 8,8 milhões (ou 13,2% dos ocupados) trabalhavam remotamente e 14,6 milhões (17,2%) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social.

Por outro lado, no mesmo período, a população

fora da força de trabalho
(que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 74,6 milhões, dos quais 25,7 milhões (ou 34,4%) disseram
que gostariam de trabalhar. Essa proporção permaneceu estatisticamente estável nas quatro semanas analisadas.

Cerca de 17,7 milhões de pessoas não procuraram emprego na última semana de maio por causa da pandemia de Covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem. Nesse período, outros 10,9 milhões estavam desempregados e em busca de uma ocupação. Com isso, no mês passado, o País alcançou a marca de 28,6 milhões de pessoas que queriam um emprego, mas enfrentaram dificuldades para se inserir no mercado de trabalho, seja por falta de vagas ou receio de contrair o novo coronavírus.

Os dados são os primeiros resultados da PNAD Covid-19, divulgada pelo IBGE. O levantamento é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal.